domingo, 26 de junho de 2016

Dicas de passeios alternativos no Rio de Janeiro

Para um gringo típico, o melhor do Rio pode ser conhecido em 3 ou 4 dias. O roteiro tradicionalíssimo inclui bondinho do Pão de Açúcar, subir o Corcovado de trem, praia de Ipanema, vôo livre na Pedra Bonita, jogo no Maracanã e Arcos da Lapa.

O mesmo vale para os brasileiros, mas para nós o Rio é fatalmente aquela cidade que você vai visitar mais de uma vez. Depois do cumprir o roteiro básico necessário, o que fazer então em uma segunda visita ao Rio? Pra não cair em repetição e fugir das roubadas de um turista de primeira viagem (lugares sem graça, caros ou lotados), vou dar minhas sugestões dos hidden gems do Rio, pontos que fogem do lugar comum, são fotogênicos e que valem a pena ser conhecidos.

Dividi os passeios em roteiros por área e não coletei detalhes específicos sobre como chegar, horários, etc. Basta colocar os nomes no google, outros sites e blogs já disponibilizaram todas as informações essenciais.


ROTEIRO BARRA

Sítio Burle Marx



Longe pra porra, visita só agendada, mas vale muito a pena se você é um serumaninho que curte plantas e jardinagem. A visita guiada dura mais ou menos uma hora e meia, percorre os jardins e visita a casa e o ateliê do Burle Marx, o maior paisagista brasileiro de todos os tempos.


Casa do Pontal



O museu Casa do Pontal é um bom combo com o Burle Marx, ficam relativamente próximos um do outro. É o maior museu de arte popular do país. Antes de planejar a visita deem uma olhada nas informações oficiais porque o museu está de mudança para outro local.


Ilha da Gigóia



A ilha é um bairro residencial pitoresco acessível, obviamente, por barquinhos. A boa pedida é almoçar lá, os barqueiros conhecem os principais restaurantes e te deixam no pier exato de cada um deles. Um dos mais famosos é o Bar do Cícero.


Praia da Joatinga



É uma praia quase que exclusiva, porque fica dentro de um condomínio do high society carioca. A faixa de areia depende da maré, então prefira ir de manhã. Nos finais de semana pode ser furada ir até lá, mas nos outros dias a chance de a praia estar vazia é bem grande.


ROTEIRO FLORESTA

Museu do Açude



Esse talvez seja o melhor museu desconhecido da cidade. É uma espécie de mini Inhotim carioca, um irmão mais pobre do Museu da Chácara do Céu, mas só em termos de ser menos frequentado, porque eu até prefiro este, que tem mais aspecto de casa e menos de museu. Tem um enorme acervo de azulejaria.


Mirante Dona Marta



Não sei por que as pessoas visitam o Cristo sendo que o Mirante Dona Marta é muito melhor. Ninguém consegue tirar uma foto decente do Cristo porque não há ângulo. O lugar é pequeno e está sempre abarrotado. Você vê tudo mas não consegue uma vista perfeita da cidade porque é alto demais. O Mirante Dona Marta faz exatamente o contrário e o melhor de tudo, é de graça.

Largo do Boticário



Nada mais do que um larguinho, com 3 ou 4 fachadas, meio velhinhas, um córrego passando no fundo. Ou seja, um transporte para 100 anos no passado.


ROTEIRO CENTRO

Chácara do Céu



Muita gente vai até os Arcos, pega o bondinho até Santa Teresa, bate perna pelas vielas do bairro, mas deixa passar o Museu da Chácara do Céu, combo com o Parque das Ruínas. É uma casa do high society transformada em museu, tem um quintalzinho perfeito e uma vista ótima do Pão de Açúcar e do centro da cidade.


Biblioteca Parque Estadual



Brasileiro não é muito de ler e biblioteca nunca foi ponto turístico aqui. Mas a BPE vale a visita, é uma beleza de biblioteca. Entre lá nem que seja só de passagem e sinta-se em uma biblioteca de primeiro mundo. Sempre tem exposição legal.


Paquetá



Não há passeio mais bucólico. Basta dizer que em Paquetá não circulam carros e o meio de transporte oficial lá é bicicleta. Alugue uma e circule a ilha. Dá pra fazer um bate-volta em uma tarde. Não fica exatamente no centro, mas é de lá que saem as barcas.



ROTEIRO ZONA SUL


Fundação Eva Klabin



Passa desperbecida no trajeto da Lagoa e o horário de visitação é curto. Mas vale. A casa sofreu poucas alterações, então dá pra sentir como o high society vivia em seus castelinhos cariocas. Tem uma programação de música erudita, pode servir de combo.


Moreira Salles



Esse talvez seja o passeio mais batido e menos alternativo, mas também como não é tão mainstream assim, vale a menção e a visita. É mais uma das casas do high society tornada museu. Tem um cinema hipster também.


Oi Futuro Flamengo



De fácil acesso e sempre com boas exposições.



Plano inclinado da Glória



Nada demais, mas só pra você perceber que não devemos nada a Valparaíso. A subida é gratuita e vai te deixar na igreja.



ROTEIRO ZONA NORTE

Teleférico do Alemão



Turistas leite com pêra vão fugir dessa aqui fácil, mas quem tiver afim de curtir uma coisa mais antropológica sem cair no ridículo daqueles carrinhos de safari na favela, dá pra pegar o trem na Central, descer em Bonsucesso e sair direto no teleférico. A vista é maravilhosa e lá em cima ainda dá pra comer um churrasquinho crocante. Super seguro, vai na fé. Até porque quando a bala come eles paralisam os bondinhos.


Igreja da Penha



A igreja é bonitinha, a vista é demais. Só o acesso que é um pouco complicado, mas nada absurdo. Dá pra subir pelo plano inclinado ou de joelho os 300 e muitos degraus pra pagar aquela promessa.


OUTROS ROTEIROS

Dá pra fazer uma visita de 2 ou 3 dias nas regiões Serrana, dos Lagos ou Costa Verde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário